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sábado, 7 de maio de 2011

Golpe? Que golpe?

Desejar a saída de um(a) Ministro(a) não é golpe. Golpe é destituir alguém eleito pela vontade popular, é resolver as coisas no tapetão, por debaixo dos panos. Golpe é trair os eleitores, é prometer uma coisa e fazer outra... Golpe é ilegal, é imoral, é impor uma vontade pela força, por meios escusos. Golpe é a anti-democracia.

O movimento "Mobiliza Cultura" é outra coisa. É justamente o exercício da democracia! É o clamor popular, a vontade de participação, a liberdadde de expressão, a voz das ruas, das lan-houses, de entidades, organizações, pontos de cultura, coletivos, agentes culturais autônomos... Unidos pela crença num projeto que vinha sendo construído coletivamente e que agora se vê seriamente ameaçado.

Ana de Hollanda não foi eleita pelo povo brasileiro. Foi nomeada pela Presidenta Dilma. Mas presidentes acertam e erram (e se erram!) e a grande sabedoria de um líder, a grandeza, a firmeza e a tranquilidade dos grandes, firmes e serenos é o reconhecimento de sua infalibilidade. Admitir um mau passo não é demérito para ninguém. Exonerar um Ministro pela constatação de que ele não está indo bem é dever de um Presidente.

Ouvindo o clamor da sociedade organizada, refletindo sobre os seus manifestos, levando em consideração os debates travados nos meios de comunicação (grandes, pequenos, alternativos), nos fóruns, nos movimentos populares, no Congresso é que um Chefe de Governo democrático tem base para tomar suas decisões, que devem ter consonância com a vontade do povo que o elegeu.

Por isso, não venham com terrorismos baratos! Acusar um movimento legítimo e democrático de "golpista" é, no mínimo, uma desqualificação rasteira.

Golpe foi o que os militares fizeram em 1964 e chamaram de revolução!

Coletivo Cultura